segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Jogar e ganhar sempre contra catorze milhões adeptos

No sábado, estive em Chaves. Estive na Feira dos Santos. A razão para lá ir não foi a feira. Fui convidado pela Confraria de Chaves para falar sobre marketing de vinhos. A razão também não foi bem essa. A razão foi mais prosaica. Ofereceram-me um jantar absolutamente notável, regado com Quinta de Arcossó, a troco de conversas várias sobre marketing.

Não vi o jogo contra o Estoril. Recebi um telefonema do Júlio Pereira a dar conta do resultado. Nesse momento, o meu parceiro do lado, um arqueólogo, entornou-me um copo de vinho tinto nas calças. Não sei se foi por acaso ou se foi por mau perder.

Vi o jogo ontem, em diferido. Gostei do que vi. O Sporting tem pior equipa do que no ano passado. No ano passado, tinha o Nani e o Carrillo. Este ano tem o Gélson Martins e o Bryan Ruiz. Por vezes, até dou por mim a ter saudades do Cédric. Gostei do que vi face a estas circunstâncias.

O Estoril jogou bem, sobretudo na primeira parte. Ao intervalo, o Jorge Jesus corrigiu o que tinha de corrigir e fizemos uma excelente segunda parte. Falta sempre alguma coisa na finalização. Há sempre uma hesitação, um mau passe ou um mau remate. Não é brilhante a nota artística. No entanto, a intensidade da equipa é notável. A certa altura, o adversário sente-se asfixiado. São ataques atrás de ataques, sem qualquer possibilidade de respirar um segundo e sair a jogar.

Vão-se repetir mais jogos como este, plenos de sangue, suor e lágrimas. Até por que iremos sempre jogar contra equipas com catorze milhões de adeptos. Esses adeptos podem-se dissipar depois do jogo. Durante o jogo, estão lá todos. Sabemos isso quando vemos o Jorge Ferreira a mostrar o amarelo ao Jéfferson ou a permitir todas as faltas possíveis e imaginárias ao Estoril no fim do jogo.

2 comentários:

  1. O arqueólogo da Câmara de Chaves? Ui, que figura...

    o 11 da época passada tinha melhores jogadores, o plantel não.
    Mas jogamos muito mais este ano, de longe.

    A 2ª parte foi do melhor que vi este ano da nossa equipa.

    abraço

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    1. Meu caro,

      Ser arqueólogo já é castigo bastante, independentemente das idiossincrasias. Estou a brincar.

      O Sporting fez uma grande segunda parte. agora, falta a finalização. Há sempre hesitações.

      Estou também de acordo que o Sporting tem piores jogadores mas melhor equipa.

      Um abraço.

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